Até que ponto o Estado chega?
- Guilherme Ribeiro
- 6 de jul. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 14 de mar. de 2022
Um Estado grande (inchado) ou um Estado mínimo necessário?

A economia pode ser classificada em capitalista e socialista, sendo o primeiro que favorece a iniciativa privada e o segundo a propriedade coletiva, contudo, existem outras formas híbridas da macroeconomia. Todos nós, cidadãos de uma economia capitalista como é a do Brasil, possuímos direitos inalienáveis que garantem a posse de patrimônio individual. Neste tipo de patrimônio contamos com as empresas privadas. No entanto, o Estado, que é o país, também chamado de União, possui ainda um maior controle sobre diversos pontos chaves da economia nacional.
Quando a empresa Petrobras foi criada, ela pretendia manter o monopólio estatal na exploração, refino e comércio de petróleo dentro da nação brasileira, assim como a Companhia Vale do Rio Doce, na exploração mineral, a Companhia Siderúrgica Nacional, na área de siderurgia e também a Telebras do setor de telecomunicações. Foram privatizadas todas, com exceção da Petrobras. O monopólio estatal sobre o petróleo foi quebrado no ano de 1997, em pleno Governo FHC, além de no Governo Temer perder seu monopólio na exploração da camada do Pré-sal. Todos estes ativos vendidos ou estas quebras simbolizam e marcam uma história nova no Brasil, que é a transição de uma economia fechada para uma economia aberta, moderna e competitiva.
Com base nestes ativos que foram cedidos à iniciativa privada, e com uma abertura para a competitividade, sabe-se que o país tem uma grande tendência a continuar na livre oferta de mercado garantindo assim, empregos. O que é claro, é que a iniciativa privada fornece mais empregos que as empresas sob o poder estatal. É claro que o Estado deve ter um poder limitado. Ele não deve ser dono de toda a economia, mas ele deve ser garantidor de direitos que devem ser universais, como educação e saúde gratuita de qualidade para todos. Como exemplo no governo militar, o país criou um número de empresas estatais exorbitantes e isto gerou um déficit, pois gastava-se tanto com empresas não lucrativas e com problemas de má gestão e corrupção sem medidas. Hoje estas mesmas possuem altos lucros e garantem ao Estado receitas na forma do recolhimento tributário. É claro que a carga de tributos do Brasil é imensa, e é necessário uma reformulação e unificação de vários tributos. Empresas estatais, que colocam o governo como dono da economia como um todo, bem como seu administrador direto, não funciona. Assim como deixar completamente nas mãos da iniciativa privada nos conceitos neoliberalistas também não. O interessante é aplicar no Brasil, modelos que garantem o Estado em setores apenas chave, como sustentador econômico e que a iniciativa privada faça seu papel de gerar empregos e renda.
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